Sabia que os batimentos cardíacos variam conforme o ritmo da música que você ouve?
Thiago Rocioli
Da Redação/Musixe
A influência da música transcende a experiência puramente auditiva e emocional, manifestando-se de maneira profunda e mensurável no sistema fisiológico humano. Evidências científicas, acumuladas ao longo de décadas de pesquisa, demonstram que o batimento cardíaco, a frequência respiratória e até mesmo a pressão arterial se ajustam ao ritmo e ao caráter das melodias que escutamos. Essa interação se dá principalmente pela modulação do sistema nervoso autônomo, o grande regulador das funções corporais involuntárias.
Estudos sobre as respostas fisiológicas ao estímulo musical indicam que o compasso da música exerce uma espécie de “arrastamento” ou sincronização no ritmo interno do corpo. Músicas de andamento lento, com harmonias suaves ou composições clássicas tranquilas, como algumas obras de Mozart – que foram objeto de revisões sistemáticas —, tendem a ativar o ramo parassimpático do sistema nervoso, o responsável pelo relaxamento e pelo estado de “descanso e digestão”.
Essa ativação resulta em uma diminuição da frequência cardíaca e respiratória, além de uma comprovada redução da pressão arterial sistólica e diastólica, conforme evidenciado em pesquisas com pacientes hipertensos. Em um estudo brasileiro, por exemplo, a escuta de música após a administração de medicamentos anti-hipertensivos intensificou os efeitos benéficos do fármaco, resultando em uma desaceleração mais acentuada dos batimentos cardíacos.
Por outro lado, o aumento na velocidade das pulsações musicais (andamento rápido) e a complexidade rítmica podem provocar o efeito oposto. Músicas mais agitadas ativam o sistema nervoso simpático, associado à resposta de “luta ou fuga”, elevando o ritmo da respiração e dos batimentos cardíacos. Essa resposta, embora possa ser usada para fins de performance (como no aumento da resistência durante exercícios físicos), em contextos de relaxamento, pode ser excitativa.
A complexidade da resposta cardiovascular à música, contudo, é altamente individualizada e está intimamente ligada ao processamento emocional. Pesquisas recentes sugerem que o que é calmante para uma pessoa pode ser excitante para outra. Um estudo inovador conduzido pelo Centro Nacional Francês de Pesquisa Científica, que monitorou a atividade elétrica cardíaca de pacientes com marca-passo durante concertos de piano ao vivo, revelou que os batimentos reagiram de forma milimetricamente diferente a trechos musicais idênticos.
Essa variação comprova que a música não só influencia o coração mecanicamente, mas também através de sua capacidade de despertar emoções únicas, que, por sua vez, disparam reações fisiológicas de estresse ou relaxamento. Dessa forma, a música se consolida como uma ferramenta valiosa na área da musicoterapia, com potencial para ser utilizada na recuperação pós-exercício, na redução da ansiedade pré-operatória e, especialmente, como um tratamento complementar acessível para condições como a hipertensão.
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