Para alguns artistas, o custo de megaprodução supera o cachê da apresentação | Musixe.com

Thiago Rocioli
Da Redação/Musixe

Você já se perguntou o que realmente acontece nos bastidores de um festival de música como o The Town? O brilho, os efeitos especiais e a energia que o público sente são resultado de um investimento milionário, muitas vezes bancado pelos próprios artistas, que gastam mais do que recebem em cachê. É o caso de Pedro Sampaio e Ludmilla, que revelaram os altos custos por trás de suas apresentações no festival.

O DJ Pedro Sampaio, por exemplo, fez um investimento na casa dos milhões para seu show, que superou em cerca de seis vezes o valor de seu cachê. Ele justificou o gasto dizendo que “para mim não é sobre o valor, é sobre entregar a experiência que eu sonhei para o público”, em entrevista ao Portal G1. Segundo ele, o retorno vem na construção de sua imagem como artista e no impacto que fica para quem assiste.

Ludmilla também falou sobre o esforço e o dinheiro investidos, descrevendo-o como “muito, muito alto, tanto de dinheiro quanto de energia e preocupação”. Sua apresentação no The Town serviu de palco para o lançamento de seu novo álbum, dedicado ao R&B. A estratégia de usar um festival para divulgar um novo trabalho é comum entre os artistas pop, já que eventos como o The Town e o Rock in Rio oferecem uma vitrine para todo o país.

Mas por que os shows são tão caros? A resposta está nos inúmeros detalhes que compõem uma grande produção. Além dos custos com a estrutura de som, equipe e deslocamento, o investimento em artifícios visuais é enorme. O show de Pedro Sampaio, por exemplo, incluiu cinco plataformas móveis que trouxeram custos com tecnologia, engenharia e segurança. Para o DJ, “São muitos detalhes para entregar um show redondo: tem iluminação, efeitos especiais, balé ampliado, som, equipe técnica, engenharia, segurança. É muita coisa acontecendo ao mesmo tempo”.

Para muitos artistas, o cachê de um festival é insuficiente para cobrir todos esses gastos. A grande maioria precisa se virar com o valor, e o que sobra é pouco. Quem consegue ir além, investindo mais do que recebe, geralmente tem contratos publicitários gordos que ajudam a bancar o espetáculo. Como disse Luísa Sonza em 2024, sobre sua apresentação no Rock in Rio, o objetivo é investir “para ficar maior ainda, fechar com marcas e continuar no Rock in Rio”.