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Música é "arma" em tempos de guerra

Thiago Rocioli
Da Redação/Musixe

A música tem desempenhado um papel significativo ao longo da história, influenciando e refletindo os sentimentos de sociedades em diversos momentos, inclusive durante períodos de guerra. Desde as batidas dos tambores nas antigas batalhas até as poderosas baladas que ecoaram pelos campos de combate modernos, a música tem servido como uma expressão única de emoções, resistência e identidade em meio ao caos da guerra.

Guerras motivam muitos sentimentos. E muitas vezes a música serve como válvula de escape durante os conflitos ou para reflexão anos depois. Isso ocorre porque a música sempre está presente em algum conflito militar, ela demonstra força.

Um destes exemplos é a música “War”, de Edwin Starr. Uma música clássica de protesto contra a guerra, que ficou famosa durante os anos da Guerra do Vietnã.

Em muitos conflitos, a música desempenhou uma função dual, atuando como uma forma de propaganda e mobilização, mas também como uma fonte de conforto e resistência para os soldados e civis afetados pelo conflito. Durante as guerras mundiais do século XX, por exemplo, as canções patrióticas eram usadas para instigar o fervor nacionalista e encorajar o espírito de luta. Músicas como “Lili Marleen” na Segunda Guerra Mundial se tornaram hinos não oficiais, conectando soldados com suas casas e amores distantes.

Além da propaganda, a música muitas vezes assumiu um papel terapêutico em meio à devastação da guerra. Bandas e artistas muitas vezes visitavam frentes de batalha para realizar concertos, proporcionando uma breve pausa na brutalidade do conflito e lembrando os envolvidos de sua humanidade compartilhada. As canções de esperança e amor também serviam como uma fuga temporária da realidade sombria da guerra.

“Give Peace a Chance” de John Lennon, por exemplo, é ma canção icônica que se tornou um hino do movimento pacifista nos anos 60.

No Brasil, durante o período da Ditadura Militaar (1964-1985), o paranaense Geraldo Vandré ganhou destaque nacional em 1966, ao participar do Festival da TV Record com a música “Disparada”, dividindo o primeiro lugar com Chico Buarque. Dois anos depois, sua canção “Para Não Dizer Que Não Falei das Flores” ficou em segundo lugar no Festival Internacional da Canção, gerando grande repercussão e sendo interpretada como um desafio à ditadura.

Acredita-se que a reação provocada por essa música possa ter contribuído para a aceleração da promulgação do Ato Institucional Nº 5 (AI-5), que ocorreu pouco tempo depois. Vandré exilou-se no Chile e, ao retornar em 1973, adotou uma postura diferente, compondo músicas mais voltadas para o romance.

Na era moderna, a música continua a desempenhar um papel crucial em conflitos, sendo usada para protestar, conscientizar e expressar a dor causada pela guerra. Artistas contemporâneos frequentemente usam suas plataformas para levantar questões sobre conflitos armados e as consequências para as comunidades afetadas.

Em última análise, a relação entre música e guerra é complexa, abrangendo desde a mobilização de massas até o apoio emocional individual. A música, com sua capacidade única de transcender barreiras linguísticas e culturais, permanece como um testemunho poderoso da resiliência humana em face da adversidade, oferecendo um vislumbre de esperança e humanidade mesmo nos momentos mais sombrios da história.

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