O papel do sustenido no cavaco: teoria e prática
Thiago Rocioli
Da Redação/Musixe
O mundo da música é vasto e cheio de nuances fascinantes. Compreender a teoria musical é essencial para uma execução rica e expressiva, seja qual for o instrumento que você escolher. Um aspecto crucial dessa teoria diz respeito aos “acidentes musicais”, em especial o sustenido.
O sustenido é um símbolo que representa a elevação de uma nota em meio tom. No sistema de cifras, é comumente representado pelo sinal de “jogo da velha” (#). É através do sustenido que se expande a paleta harmônica, permitindo a criação de atmosferas sonoras únicas. Ao compreender sua função, o músico pode explorar novos horizontes musicais, seja ao tocar solos, criar arranjos ou compor.
No cavaco, a noção de deslocamento de um meio tom é essencial para interpretar e criar melodias. Este instrumento, como outros de cordas, possui a característica de apresentar a mesma afinação em cada casa, ao se deslocar pelo braço. Assim, se um cavaco está afinado em C (corda solta), e você toca uma nota na primeira casa, essa será a nota C#. Cada movimento de casa para frente representa um meio tom a mais. Portanto, ao adicionar o sustenido a um acorde ou nota solta, está se modificando sua tonalidade básica, introduzindo uma nova sonoridade.
Consideremos um exemplo prático: ao dedilhar a corda ré solta, se pretende tocar a nota E, que é um tom acima, é necessário pressionar a corda na segunda casa. A partir disso, se adicionarmos o sustenido, seria preciso avançar mais uma casa, ou seja, para a terceira casa, tocando então a nota F. Este deslocamento é central para compreender como o sustenido opera dentro do cavaco.
Na construção de acordes, o efeito do sustenido se reflete em cada nota do acorde. Considere o acorde F (fa maior) como referência. Para criar F#, cada nota componente do acorde de F precisa ser elevada um meio tom, resultando em um novo conjunto de notas que formam o acorde de F#. Em termos práticos no cavaco, isso significa um deslocamento completo do formato do acorde uma casa para frente.
Esta transposição é vital não apenas para acordes maiores, mas para todos os tipos de acordes—sejam menores, diminutos ou aumentados. A transformação pela aplicação do sustenido resulta em sonoridades diferenciadas, que podem ser empregadas criativamente em diferentes estilos musicais, especialmente em gêneros populares onde o cavaco é frequentemente encontrado.
O cavaco desempenha um papel fundamental no samba, chorinho e outros estilos da música popular brasileira. Nestes gêneros, o uso estratégico do sustenido pode adicionar riqueza e dinamismo à música. Um típico sambista adeptamente utiliza sustenidos para modulação tonal, transposição de acordes e para criar passagens melódicas que destacam a diversidade do repertório.
Aprender sobre acidentais como o sustenido envolve mais que teoria; é uma prática contínua de experimentação e audição crítica.
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