Músicas que deixaram suas marcas na história brasileira
Thiago Rocioli
Da Redação/Musixe
A música é uma forma poderosa de expressão que pode servir a diversas finalidades, incluindo a explanação sutil de momentos históricos, a crítica das injustiças sociais e a contornagem da censura.
A canção “Cálice,” composta por Chico Buarque e Gilberto Gil em 1973, ganha destaque como um exemplo marcante desse fenômeno. A música enfrentou a censura do regime militar da época e só foi gravada em 1978. O título, com seu duplo significado, sugere tanto o objeto sagrado da tradição cristã quanto o imperativo de silenciar, relacionando a dor dos brasileiros durante a Ditadura Militar com a Paixão de Cristo.
Durante a Ditadura, a música “O Bêbado e a Equilibrista” também abordava as dificuldades dos artistas em expressar suas opiniões. Ela ressaltava as opressões e problemas da sociedade de forma velada, devido às restrições à liberdade de expressão.
Por outro lado, “Aquarela do Brasil,” composta por Ary Barroso nos anos 40, exaltava o país apesar do cenário de pobreza, ditadura e guerra. A música retrata o Brasil como uma pintura em aquarela, destacando a beleza e os amores do compositor pelo país, ressaltando o romantismo em meio às adversidades.
A música “País Tropical,” de Jorge Ben Jor em 1969, celebra as paixões brasileiras pelo futebol e carnaval. Ela descreve um homem feliz, vivendo uma vida média com um carro e uma guitarra, em um país “abençoado por Deus e bonito por natureza.”
O conhecimento dessas músicas com temas relevantes pode enriquecer o repertório cultural e ser útil em exames e avaliações no Brasil, permitindo uma compreensão mais profunda das expressões artísticas e históricas do país.
Brasileirinho
O mestre do cavaquinho, Waldir Azevedo, compôs a música MPB Brasileirinho, em 1947, sendo uma música totalmente instrumental. Ela tem uma carga enorme de alegria e faz com que qualquer pessoa balance o seu corpo no ritmo. Ela mescla o sentimento de felicidade com um fundo de dor, a dualidade brasileira.
E aí, o que você achou?