Lídio: o modo explorado em trilhas sonoras de filmes
Thiago Rocioli
Da Redação/Musixe
O modo lídio, o quarto dos modos gregos, possui uma sonoridade inconfundível, frequentemente explorada em trilhas sonoras de filmes para transmitir fantasia. Sua origem reside na escala maior, mas sua característica distintiva reside na alteração de um único grau, que transforma sua atmosfera sonora. Para compreender sua formação, podemos mais uma vez nos referir à escala maior. Se considerarmos a escala maior e iniciarmos a contagem a partir do seu quarto grau, a sequência de notas resultante corresponderá ao modo lídio.
Tomando como exemplo a escala maior de Dó (C): C−D−E−F−G−A−B−C, o quarto grau é Fá (F). Construindo uma escala a partir de Fá, mantendo a mesma sequência de tons e semitons da escala maior, obtemos o modo lídio de Fá: F−G−A−B−C−D−E−F.
Ao analisarmos os intervalos a partir da tônica (Fá), encontramos a seguinte estrutura: T (Tom) – T (Tom) – T (Tom) – S (Semitom) – T (Tom) – T (Tom) – S (Semitom). A característica primordial do modo lídio é a quarta aumentada. Na escala maior, o quarto grau forma um intervalo de quarta justa com a tônica. No modo lídio, esse intervalo é expandido em um semitom, criando uma sonoridade única e elevando a melodia. Essa quarta aumentada confere ao modo lídio sua qualidade “sonhadora” e um certo brilho incomum, distinguindo-o claramente do modo maior jônico. Apesar de conter uma terça maior, que o classifica como um modo maior, a presença da quarta aumentada lhe atribui uma cor harmônica particular, evitando a sensação de repouso total característica do jônico.
Embora não seja tão comum quanto os modos maior e menor, o modo lídio pode ser encontrado em diversas músicas, muitas vezes utilizado para criar atmosferas especiais e passagens com um toque de magia ou transcendência. Em trilhas sonoras de filmes, especialmente em cenas de fantasia ou contemplação, a sonoridade lídia pode ser explorada para evocar um senso de maravilha.
No jazz modal, alguns músicos utilizam o modo lídio para improvisações com uma sonoridade mais “aberta” e menos tensa que outros modos. Um exemplo notável é a melodia principal da música tema dos “Simpsons”, composta por Danny Elfman, que apresenta características marcantes do modo lídio. A sensação etérea e a qualidade “sonhadora” do modo lídio o tornam uma ferramenta expressiva para músicos que buscam cores sonoras distintas e atmosferas evocativas em suas composições e improvisações, independentemente do instrumento que utilizam.
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