Desvende a harmonia de um dos maiores clássicos da música sertaneja | Musixe.com

Thiago Rocioli
Da Redação/Musixe 

A música “Chalana”, consagrada no meio sertanejo por Mário Zan e Arlindo Pinto, é um clássico interpretado por numerosos artistas ao longo dos anos. 

A tonalidade principal de “Chalana” é G maior, proporcionando uma base harmônica que é familiar e relativamente simples para músicos intermediários. Dentro dessa tonalidade, são utilizados principalmente três acordes: G (tônica), D7 (dominante) e C (subdominante). Essa progressão harmônica básica é típica em muitas composições sertanejas e oferece uma plataforma sólida para o acordeonista desenvolver variações e interpretações pessoais. 

Uma das características atrativas de “Chalana” é a sua simplicidade melódica e harmônica, permitindo que os músicos se concentrem em expressividade e técnica. A execução usual envolve a progressão dos acordes na sequência: G – D7 – C, proporcionando uma sonoridade familiar e agradável.

Os arpejos nos baixos do acordeon são cruciais para adicionar textura à performance. Uma técnica comum é o uso da tônica, terça e quinta em arpejos para cada acorde, contribuindo para uma execução mais rica e mais articulada.

Diferentes variações melódicas

• Guarânia: Algumas versões de “Chalana” apresentam influências de guarânia, caracterizadas por um ritmo mais suave e dançante; 

• Chamamé: Outras interpretações incorporam o estilo chamamé, que adiciona elementos rítmicos mais complexos; 

• Rasqueado: O rasqueado pode ser integrado para enriquecer o acompanhamento, oferecendo um ritmo mais marcado.

Adaptar essas variações estilísticas em “Chalana” não apenas desafia o acordeonista a explorar diferentes gêneros, mas também incrementa a expressividade da performance.

Assim como muitas músicas folclóricas e sertanejas, “Chalana” tem múltiplas versões e interpretações. Isso é particularmente evidente nas gravações de artistas como Renato Teixeira, Almir Sater e Michel Teló, cada um imprimindo seu estilo pessoal à música. Essas diferenças oferecem uma rica fonte de inspiração para os acordeonistas que desejam desenvolver uma interpretação única.