Aprenda a tocar "Beijinho Doce" no acordeon
Thiago Rocioli
Da Redação/Musixe
O acordeon permite ao músico explorar uma vasta gama de estilos e repertórios. Um exemplo disso é a interpretação de músicas populares como “Beijinho Doce”, uma valsa tradicional brasileira que adquiriu notoriedade ao longo das décadas.
“Beijinho Doce” é uma composição de João Alves dos Santos, mais conhecido como Nhô Pai, e desde sua criação, foi interpretada por diversos artistas, sendo mais popular nas vozes das Irmãs Galvão. Além de sua importância histórica, essa canção exemplifica a rica tradição da música brasileira e sua adaptação ao acordeon, onde é apresentada como uma valsa lancheira.
Métrica e ritmo
A valsa tradicionalmente utiliza um compasso ternário, ou seja, a música é dividida em grupos de três tempos. No acordeon, isso se traduz em um padrão rítmico onde o primeiro tempo é enfatizado pela tônica, seguida de dois acordes que completam o ciclo. Seja em composições mais complexas ou em arranjos simples, entender essa estrutura é fundamental para a interpretação adequada do gênero.
“Beijinho Doce” está na tonalidade de F, o que imprime uma sonoridade específica à música. No acordeon, é importante reconhecer a tônica (F) e a sua quinta (C), para então aplicar essas notas nas harmonias. Os baixos do acordeon, especialmente, servem para reforçar essa base harmônica, criando assim um equilíbrio entre melodia e acompanhamento.
Dominar a escala de F é crucial para tocar “Beijinho Doce” com precisão. Tal domínio facilita a fluidez na execução das notas pertinentes e assegura que o músico não fique restringido ao tentar algo mais complexo na música. A prática constante da escala em diferentes oitavas no acordeon é, portanto, uma estratégia indispensável para qualquer aspirante a músico.
Durante a prática, o músico deve enfatizar a precisão e clareza ao tocar a escala de F em várias oitavas. Concentrar-se na coordenação do fole do acordeon enquanto se mantêm tempos consistentes é essencial. Com a tônica, a terça e a quinta (F, A, C) particularmente importantes, é crucial que estas notas se destaquem como fundamentos do compasso.
Requer entendimento da harmonia subjacente e como isso se conecta com a melodia expressa na voz ou na parte principal do acordeon. Uma abordagem cuidadosa à harmonia permite ao músico preencher a música com nuances que podem evocar emoções e transmitir a essência original da canção.
O papel do fole
A habilidade de controlar o fole é tão significativa quanto a destreza dos dedos na execução das notas. Ele regula o volume, a expressividade e o timbre, sendo uma extensão das emoções do músico. Para “Beijinho Doce”, o fole pode ser usado para criar um efeito sutil de crescendo e diminuendo, adicionando profundidade e dinamismo à performance.
Tocar “Beijinho Doce” no acordeon é uma oportunidade para mergulhar no repertório da música popular brasileira, ao mesmo tempo que desenvolve habilidades técnicas no instrumento. Através de uma prática dedicada e da compreensão dos fundamentos teóricos e práticos da música, é possível não apenas executar a peça, mas interpretá-la com toda a emoção que ela merece. Os desafios da masterização de uma música clássica no acordeon são, portanto, superados à medida que o músico refina tanto suas habilidades de execução quanto sua percepção musical.
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