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Estudos mostram a eficácia da música no tratamento de epilepsia

Thiago Rocioli
Da Redação/Musixe

Desde a década de 1990, os cientistas tentam responder como uma música de Mozart consegue acalmar o cérebro de pessoas com epilepsia.

A “Sonata para Dois Pianos em Ré Maior, K. 448” é o único arranjo musical conhecido por produzir esse efeito. Agora, uma pesquisa do Dartmouth College, nos Estados Unidos, parece ter conseguido revelar o segredo.

O estudo foi publicado na revista Scientific Reports, da Nature. Os pesquisadores tocaram a música para 16 participantes com epilepsia refratária, todos com implantes cerebrais para medir sua atividade neural. Isso permitiu aos autores monitorar um tipo específico de impulso elétrico conhecido como descargas epileptiformes interictais (IEDs), que estão fortemente associadas à epilepsia e podem provocar convulsões.

De acordo com o estudo, ouvir 30 segundos de ‘K448’ produziu uma diminuição considerável nos impulsos elétricos nas regiões do cérebro que coordenam as emoções, como os córtices frontais bilaterais. Os autores do estudo analisaram a estrutura musical, observando que ela é “organizada por temas melódicos contrastantes, cada um com sua própria harmonia subjacente”, descreveram na pesquisa. Melodias prolongadas geram “respostas emocionais positivas” dentro do cérebro, o que parece diminuir a atividade epiléptica.

Dois pesquisadores italianos – Dr. Gianluca Sesso e Dr. Federico Sicca, da Universidade de Pisa – conduziram uma revisão sistemática dos trabalhos científicos relacionados ao efeito da música de Mozart na epilepsia. Efeitos terapêuticos da música Trabalhando de acordo com métodos padrão aceitos para análise dos tratamentos clínicos, eles examinaram 147 artigos de pesquisa publicados, os quais eles avaliaram de acordo com a relevância e a qualidade da pesquisa. Isso permitiu que selecionassem 12 pesquisas, feitas por nove grupos diferentes de pesquisadores, representando a melhor ciência disponível sobre o efeito da música de Mozart na epilepsia.

A meta-análise indica que um período ouvindo Mozart pode gerar uma redução média nas crises epilépticas variando entre 31% e 66%, variando de pessoa para pessoa e de acordo com o estímulo musical usado.

A epilepsia refratária atinge cerca de um terço dos portadores do mal — que, ao todo, são 1% da população mundial.

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