Confira um Guia para Leitura de Partituras
Thiago Rocioli
Da Redação/Musixe
Imagine um mundo onde cinco linhas paralelas, se comuniquem. Esse é o pentagrama, também conhecido como pauta, o GPS para o músico onde as notas musicais ganham vida. Cada linha e espaço equidistante “guarda um segredo a sete chaves”. A leitura dessa paisagem sonora começa de baixo para cima, como se você escalasse uma montanha, nota por nota, em busca do topo da melodia.

As notas musicais são os tijolos da música. Elas se acomodam nas linhas e espaços, cada qual com seu lugar e som distintos. Mas como saber qual nota reside em cada posição? É aí que entram as claves, as “chaves” que decifram o código musical.
A palavra “clave” vem do latim clavis, que significa chave, e cada clave é como uma chave diferente para um tipo diferente de instrumento ou voz. A clave de sol, por exemplo, é para as notas mais agudas, geralmente tocadas por instrumentos como violão, violino, trompete e flauta. A clave de fá, por sua vez, revela as notas graves, como as do violoncelo ou do baixo, fagote e tuba. E a clave de dó, mais versátil, pode se adaptar a diferentes regiões da pauta, sendo usada por instrumentos como a viola de concerto.

As claves são como mapas que nos guiam por cada um desses territórios, permitindo que músicos de diferentes instrumentos e vozes se comuniquem e toquem juntos. São sete notas: dó, ré, mi, fá, sol, lá, si. Cada uma com seu lugar na pauta, como se fossem habitantes de um reino musical. Para memorizar suas posições, alguns músicos usam macetes engraçados, como “Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si”, que ajuda a lembrar a sequência ascendente das notas.
Como surgiram as notas
A jornada das notas musicais começou muito antes do que imaginamos, em civilizações antigas como a Grécia, onde letras representavam sons musicais. Egípcios e mesopotâmicos também registravam suas melodias, principalmente para fins religiosos. Essa busca por registrar a música atravessou séculos, culminando no trabalho do monge italiano Guido d’Arezzo no século XI. Ele não apenas organizou as notas em um sistema de linhas que prefigura o pentagrama moderno, como também as batizou com as sílabas iniciais de um hino latino: Ut, Re, Mi, Fa, Sol, La.
Com o tempo, “Ut” se transformou em “Do” e a invenção da imprensa no século XV impulsionou a difusão da música escrita. Assim, as notas musicais que conhecemos hoje são fruto de uma longa história de desenvolvimento e colaboração entre diferentes povos, com Guido d’Arezzo como figura central na padronização do sistema.
Na Idade Média e Renascença, os músicos, às vezes, escondiam suas músicas para que outros não tocassem. Retiravam as claves da partitura para que apenas os músicos que compuseram a música tocassem. Esta ação deu origem a expressão popular “segredo guardado a sete chaves”.
A leitura de partituras é como aprender uma nova língua, com seus próprios símbolos e regras. Mas, com um pouco de prática e paciência, você logo estará decifrando os segredos da música e explorando um mundo infinito de sons e melodias.
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