Descubra os modos musicais e expanda sua paleta sonora: teoria, tipos e aplicações

Thiago Rocioli
Da Redação/Musixe

Quando fazemos música, muitas vezes pensamos nela como sendo apenas maior ou menor. No entanto, a realidade é que existe um mundo inteiro de cores além desses dois domínios – e os modos musicais são uma das muitas maneiras de acessá-lo. Neste artigo, discutiremos o que são os modos na música, os tipos mais comuns e seus casos de uso, e como você pode usá-los para expandir sua paleta sonora.

Modos musicais são rotações das escalas maior ou menor natural. Um exemplo do que isso significa é aquela máxima: “um áudio geralmente vale mais do que mil palavras”.

Escalas no teclado em sucessão: A primeira é a escala de dó maior, algo que muitos de nós provavelmente estamos muito familiarizados. A segunda usa todas as mesmas notas da escala de dó maior, mas em vez de começar e terminar em dó, vamos de ré a ré.

Voltando à nossa definição inicial de modos, podemos ver que a escala dórica foi criada por uma rotação de uma nota da escala de dó maior (ou três notas da escala de lá menor). Dito isso, os modos são muito mais do que apenas uma série de escalas para memorizar – eles também são caracterizados por qualidades melódicas e harmônicas contextuais.

Modos diatônicos

Embora não sejam os únicos modos existentes, os sete modos diatônicos – Jônico, Dórico, Frígio, Lídio, Mixolídio, Eólio e Lócrio – são o que os músicos geralmente se referem quando usam o termo no contexto da teoria musical ocidental. Vamos começar a aprofundar nossa compreensão dos modos ao dar uma olhada em cada um deles com mais detalhes, começando pelo modo jônico.

Modo Jônico

A coleção e sequenciamento de notas no modo jônico são idênticos ao da escala maior. Por exemplo, a escala jônica de dó consistiria em dó, ré, mi, fá, sol, lá, si e dó.

Escala maior X modo jônico

Isso nos leva à pergunta: qual é a diferença entre escalas/tonalidades maiores e o modo jônico? À primeira vista, a resposta parece ser não há diferença – e, na verdade, coloquialmente eles são usados de forma intercambiável. No entanto, do ponto de vista teórico, a principal diferença é que a escala maior é considerada uma tonalidade, enquanto o modo jônico é considerado um modo. Isso significa que, enquanto a escala maior é usada como base para construir acordes e progressões harmônicas, o modo jônico é usado mais como uma ferramenta de improvisação melódica.

Modo Dórico

O modo dórico é criado pela rotação de uma nota da escala maior, resultando em uma escala com um caráter melódico e harmônico diferente. Por exemplo, a escala dórica de ré seria composta por ré, mi, fá, sol, lá, si e dó.

Qual a diferença entre o modo dórico e a escala menor?

Embora a escala dórica e a escala menor natural compartilhem as mesmas notas, elas têm uma diferença fundamental: a escala menor tem uma terça menor (mi bemol), enquanto a escala dórica tem uma terça maior (mi natural). Isso dá ao modo dórico um som mais maior do que a escala menor, mas ainda com uma sensação melancólica.

Modo Frígio

O modo frígio é criado pela rotação de duas notas da escala maior, resultando em uma escala com um caráter melódico e harmônico ainda mais diferente. Por exemplo, a escala frígia de mi seria composta por mi, fá, sol, lá, si e dó.

A escala frígia de mi

Assim como no modo dórico, a diferença entre o modo frígio e a escala menor harmônica é a terça: o modo frígio tem uma terça menor (sol bemol), enquanto a escala menor harmônica tem uma terça maior (sol natural). Isso dá ao modo frígio um som mais menor do que a escala menor harmônica, mas ainda com uma sensação exótica e misteriosa.

Modo Lídio

O modo lídio é criado pela rotação de três notas da escala maior, resultando em uma escala com um caráter melódico e harmônico ainda mais diferente. Por exemplo, a escala lídia de fá seria composta por fá, sol, lá, si e dó.

A escala lídia de fá

Assim como no modo jônico, a diferença entre o modo lídio e a escala maior é sutil: ambos têm a mesma terça maior (lá natural), mas o modo lídio tem uma quarta aumentada (si natural), enquanto a escala maior tem uma quarta justa (si bemol). Isso dá ao modo lídio um som mais aberto e brilhante do que a escala maior.

Modo Mixolídio

O modo mixolídio é criado pela rotação de quatro notas da escala maior, resultando em uma escala com um caráter melódico e harmônico ainda mais diferente. Por exemplo, a escala mixolídia de sol seria composta por sol, lá, si e dó.

A escala mixolídia de sol

Assim como no modo lídio, a diferença entre o modo mixolídio e a escala maior é a quarta: o modo mixolídio tem uma quarta justa (dó natural), enquanto a escala maior tem uma quarta aumentada (dó sustenido). Isso dá ao modo mixolídio um som mais maior do que a escala maior, mas ainda com uma sensação de tensão e instabilidade.

Modo Eólio

O modo eólio é criado pela rotação de cinco notas da escala maior, resultando em uma escala com um caráter melódico e harmônico ainda mais diferente. Por exemplo, a escala eólia de lá seria composta por lá, si e dó.

A escala eólia de lá

Assim como no modo dórico, a diferença entre o modo eólio e a escala menor natural é a terça: o modo eólio tem uma terça menor (dó natural), enquanto a escala menor natural tem uma terça maior (dó sustenido). Isso dá ao modo eólio um som mais menor do que a escala menor natural, mas ainda com uma sensação melancólica.

Modo Lócrio

O modo lócrio é o sétimo modo da escala maior. É um modo musical ou simplesmente uma escala diatônica. No piano, é a escala que começa com o B e usa apenas as teclas brancas a partir daí.

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