De Zé Carioca a Pitágoras: entenda os modos gregos na música popular brasileira | Musixe.com

NOSSO BLOG

Conteúdo Musical de Verdade

De Zé Carioca a Pitágoras: entenda os modos gregos na música popular brasileira

Thiago Rocioli
Da Redação/Musixe

Você já parou para pensar que aquela música brasileira que não sai da sua cabeça pode ter raízes na Grécia Antiga? Vamos desvendar esse mistério musical que conecta sambistas e filósofos em uma sinfonia surpreendente. Prepare o fone de ouvido e a toga, porque a viagem é longa, mas a trilha sonora é boa!

Os modos gregos são escalas musicais desenvolvidas há mais de 2.500 anos. Sim, enquanto Sócrates filosofava nas praças de Atenas, músicos experimentavam combinações de notas que definiriam a base da música ocidental. São sete modos principais: Jônico, Dórico, Frígio, Lídio, Mixolídio, Eólio e Lócrio. Cada um com sua personalidade sonora, tipo personagens de uma novela das nove.

Imagine o modo Dórico como aquele vizinho gente boa, com um toque de melancolia, enquanto o Frígio é o aventureiro que largou tudo para viajar pelo mundo. Já o Lídio… bem, o Lídio é o excêntrico que coloca ketchup na pizza e ainda defende a prática!

Os Modos Gregos entram no Samba (E No Forró, E Na Bossa Nova…)

Agora, você deve estar se perguntando: “O que isso tem a ver com a minha playlist de MPB?”. Tudo! A Música Popular Brasileira é uma miscelânea de influências, e os modos gregos estão ali, escondidos entre um acorde e outro.

Pegue, por exemplo, “Mas Que Nada” de Jorge Ben Jor. A vibração contagiante da música utiliza o modo Mixolídio, dando aquela sensação de festa que faz qualquer um arriscar uns passinhos (mesmo que seja só no chuveiro). Já “Chega de Saudade” de Tom Jobim e Vinícius de Moraes flerta com o modo Dórico, trazendo uma suavidade que é a cara da bossa nova.

Pitágoras, além de quebrar a cabeça dos estudantes com seu teorema, foi um dos primeiros a estudar a relação matemática entre as notas musicais. Ele descobriu que cordas vibrando em proporções específicas produzem sons harmoniosos. Traduzindo: ele foi o primeiro DJ a mixar sons de forma consciente!

Se ele estivesse vivo hoje, provavelmente estaria em um barzinho na Lapa, tomando uma cerveja e discutindo com músicos sobre a importância do intervalo de quinta justa no samba.

Da Grécia Antiga aos Beats Eletrônicos

Não pense que os modos gregos ficaram presos nos vinis empoeirados. Artistas contemporâneos, como Anitta e Criolo, também incorporam essas escalas em suas composições. A mistura de elementos tradicionais com batidas modernas cria uma sonoridade única, mostrando que a música é um organismo vivo, em constante evolução.

Até mesmo a música eletrônica brasileira, como o tecnobrega e o funk, utiliza conceitos que remetem aos modos gregos. É a prova de que, na música, não há fronteiras — apenas possibilidades infinitas.

Neste Dia Internacional da Música, convido você a ouvir suas canções favoritas com novos ouvidos. Perceba como uma escala antiga pode dar vida a uma melodia moderna. Sinta como cada nota carrega séculos de história e emoção.

E, quem sabe, na próxima roda de amigos, você pode impressionar a galera dizendo: “Sabia que essa música tem influências do modo Frígio?”. Se nada mais, pelo menos vai render boas risadas e, claro, mais música!

Afinal, como diria um sábio desconhecido: “Se a vida é um ritmo, que seja um samba bem animado, temperado com um pouco de filosofia grega!”

Você ganhou um super desconto!

Se você quer aprender a tocar de verdade, a Musixe é a sua melhor escolha. Inscreva-se agora utilizando o cupom BLOG e garanta um super desconto em todos os nossos planos. Clique em um dos planos aqui e aplique o cupom do blog . Bons estudos!

E aí, o que você achou?

Você também pode gostar

-37 %

Todas as Aulas da Musixe

por apenas:

R$24,91

em até 12 vezes no plano Anual.
Total do plano: R$ 298,90