Além do óbvio: descubra a musicalidade escondida em instrumentos não convencionais
Thiago Rocioli
Da Redação/Musixe
Você já parou para pensar que a música pode surgir de objetos e materiais inusitados? Longe dos violões clássicos e pianos tradicionais, existe um universo sonoro fascinante criado por instrumentos não convencionais. Eles nos mostram que a criatividade musical não tem limites e que a beleza pode ser encontrada em lugares inesperados.
Mas como esses instrumentos funcionam? Será que seguem as escalas musicais que conhecemos? E de que materiais são feitos para produzir sons tão únicos? Prepare-se para uma viagem sonora que vai expandir seus horizontes musicais!
Desvendando os Sons Incomuns
Muitos instrumentos não convencionais desafiam as estruturas musicais tradicionais. Alguns não possuem escalas definidas como um violino ou um teclado, mas exploram texturas sonoras, ritmos e alturas de maneiras distintas.
Pense no som de uma vuvuzela, por exemplo. Sua sonoridade característica, marcante em eventos esportivos, não se encaixa em uma escala musical tradicional. Ela produz um som potente, quase uma buzina, com uma altura fundamental, mas sem a variedade de notas de um trompete. O seu “elemento teórico” reside mais na sua função rítmica e na sua capacidade de criar uma atmosfera sonora coletiva.
Outros instrumentos, embora construídos com materiais surpreendentes, podem sim ter a capacidade de produzir notas musicais definidas, explorando princípios da acústica de maneiras inovadoras.
Cinco Instrumentos Não Convencionais com Prestígio
Vamos agora conhecer cinco instrumentos que fogem do comum, mas que conquistaram seu espaço no mundo da música e da arte:
Hang (Suíça): Criado por Felix Rohner e Sabina Schärer na Suíça, no ano 2000, o Hang se assemelha a um disco voador feito de aço nitretado. Sua superfície possui áreas moldadas que, ao serem percutidas com as mãos, produzem sons melodiosos e harmônicos. Cada Hang é único e suas notas são cuidadosamente afinadas durante a fabricação. Ele não segue uma escala ocidental tradicional, mas possui uma série de notas inter-relacionadas que criam sonoridades meditativas e etéreas.
Didgeridoo (Austrália): Este instrumento ancestral dos aborígenes australianos é um tronco de árvore oco, geralmente de eucalipto, esculpido por cupins. Sua sonoridade grave e vibrante é produzida pela vibração dos lábios do músico, combinada com técnicas de respiração circular que permitem um som contínuo. O didgeridoo não possui um sistema de escalas fixo, mas o músico pode alterar a altura e o timbre do som através do controle labial e da ressonância do instrumento.
Steelpan (Trinidad e Tobago): Nascido nas ilhas de Trinidad e Tobago, o steelpan é feito a partir de tambores de óleo descartados. A superfície do tambor é moldada e afinada para produzir diferentes notas musicais quando percutida com baquetas emborrachadas. Os steelpans podem ser organizados em conjuntos, formando verdadeiras orquestras capazes de tocar melodias complexas e harmonias vibrantes, seguindo as escalas musicais ocidentais.
Theremin (Rússia): Inventado pelo físico russo Léon Theremin por volta de 1920, o theremin é um dos primeiros instrumentos musicais eletrônicos. Ele é tocado sem contato físico: o músico move as mãos no ar ao redor de duas antenas, controlando a altura e o volume do som. Sua sonoridade etérea e deslizante o tornou popular em trilhas sonoras de filmes de ficção científica e em diversos gêneros musicais. O theremin não possui um sistema de escalas fixo, exigindo grande habilidade do músico para produzir notas precisas.
Órgão de Vidro (Europa): Benjamin Franklin é creditado com a popularização deste instrumento no século XVIII, embora versões anteriores já existissem. O órgão de vidro é composto por uma série de tigelas de vidro de diferentes tamanhos, montadas em um eixo horizontal que gira parcialmente dentro de uma bacia com água. O som é produzido ao tocar as bordas das tigelas umedecidas com os dedos. Cada tigela é afinada para uma nota específica, permitindo a execução de melodias e harmonias seguindo as escalas musicais.
A Música Além do Convencional
Esses são apenas alguns exemplos da rica tapeçaria de instrumentos musicais não convencionais que existem ao redor do mundo. Eles nos lembram que a música pode ser encontrada em qualquer lugar, desde um tronco oco até um disco de metal. Explorar esses sons inovadores pode enriquecer nossa percepção musical e nos inspirar a buscar novas formas de expressão.
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