Além de proclamar, Dom Pedro I também escreveu a melodia do Hino da Independência
Thiago Rocioli
Da Redação/Musixe
A história conta que Evaristo de Veiga escreveu a letra e Dom Pedro I a melodia do Hino da Independência. Um governante multitarefa, afinal, por que não ser imperador e compositor ao mesmo tempo? É como se hoje alguém estivesse assinando decretos no Planalto de dia e tocando guitarra à noite em uma banda de rock! Brincadeiras à parte, ele não fez tudo sozinho. O responsável pela letra foi ninguém menos que Evaristo da Veiga, um dos poetas e jornalistas mais influentes da época, que mandou muito bem na missão de colocar em palavras o espírito de liberdade que o Brasil tanto desejava.
“Ou ficar a Pátria livre ou morrer pelo Brasil!”
O hino começa com essa frase de impacto que, para os padrões de hoje, poderia ser uma daquelas legendas poderosas no Instagram ou a frase de efeito de um super-herói. Na época, era um recado direto: o Brasil estava decidido a romper seus laços com Portugal de uma vez por todas! Mas, além de ser um hino de exaltação, ele também servia como uma trilha sonora do novo momento político e social. Afinal, a gente não proclama uma independência todo dia, né?
O rock star do Ipiranga
Voltando a Dom Pedro I, podemos imaginar que ele realmente tinha uma queda para a música. Dizem que ele até tocava piano e cravo (imagina se tivesse uma guitarra elétrica na época!). Quando compôs o Hino da Independência, sua intenção era que ele se tornasse uma espécie de hino oficial da nova nação, mas isso não durou tanto tempo quanto ele esperava. Hoje, o hino nacional de Francisco Manuel da Silva tomou o posto de símbolo máximo das solenidades, mas o Hino da Independência ainda tem seu brilho próprio nas celebrações de 7 de setembro.
A letra do Hino da Independência do Brasil foi composta por Evaristo da Veiga e a melodia é atribuída a Dom Pedro I. Aqui está a letra completa:
I
Já podeis, da pátria filhos,
Ver contente a mãe gentil;
Já raiou a liberdade
No horizonte do Brasil.
Refrão:
Brava gente brasileira!
Longe vá… temor servil:
Ou ficar a pátria livre
Ou morrer pelo Brasil.
Ou ficar a pátria livre
Ou morrer pelo Brasil.
II
Os grilhões que nos forjava
Da perfídia astuto ardil…
Houve mão mais poderosa:
Zombou deles o Brasil.
Refrão:
Brava gente brasileira!
Longe vá… temor servil:
Ou ficar a pátria livre
Ou morrer pelo Brasil.
Ou ficar a pátria livre
Ou morrer pelo Brasil.
III
Não temais ímpias falanges
Que apresentam face hostil;
Vossos peitos, vossos braços
São muralhas do Brasil.
Refrão:
Brava gente brasileira!
Longe vá… temor servil:
Ou ficar a pátria livre
Ou morrer pelo Brasil.
Ou ficar a pátria livre
Ou morrer pelo Brasil.
IV
Parabéns, oh brasileiros,
Já, com garbo juvenil,
Do universo entre as nações
Resplandece a do Brasil.
Refrão:
Brava gente brasileira!
Longe vá… temor servil:
Ou ficar a pátria livre
Ou morrer pelo Brasil.
Ou ficar a pátria livre
Ou morrer pelo Brasil.
Esse hino foi muito importante no contexto da independência do Brasil, proclamada por Dom Pedro I em 7 de setembro de 1822, e reflete o espírito nacionalista e o desejo de liberdade que permeava o período.
Uma independência cultural
Se fizermos um paralelo interessante, a independência do Brasil foi não apenas um rompimento político, mas também cultural. Imagine o Brasil como um jovem adolescente em busca de identidade própria. Durante anos, a cultura brasileira foi fortemente influenciada por Portugal e, ao se tornar independente, o Brasil começou a traçar seu próprio caminho, também no campo cultural. Foi como se o país tivesse dito: “Agora eu quero fazer as coisas do meu jeito!”
No século 19, o Brasil começou a buscar sua própria voz, com movimentos artísticos e literários ganhando força, como o Romantismo, que exaltava o “herói nacional” e nossa terra exuberante. Mais tarde, ao longo do século 20, veio o Modernismo, que consolidou de vez a independência cultural brasileira, rompendo com os padrões europeus e explorando a rica diversidade do Brasil. A música, claro, foi um dos maiores reflexos disso. Se Dom Pedro tivesse vivido para ver a Bossa Nova, o Samba ou até o Tropicalismo, provavelmente teria ficado orgulhoso do caminho musical que ajudou a abrir com seu hino.
Um novo Hino
Se o Hino da Independência fosse composto hoje, é provável que teria uma versão remix, com arranjos de guitarra e bateria, quem sabe até uma participação especial de algum cantor pop. Mas a essência permaneceria a mesma: um símbolo de luta pela liberdade, uma celebração de um momento decisivo na nossa história. Com o tempo, o Brasil continuou essa busca por independência – não só política, mas artística, cultural e até esportiva (lembrando as vitórias nas Copas do Mundo).
Então, neste 7 de setembro, quando você ouvir o Hino da Independência, lembre-se: não é só sobre o passado, é sobre a contínua busca do Brasil por sua identidade, seja na política, na arte ou na música. E se Dom Pedro I conseguiu compor um hino enquanto liderava uma revolução, quem somos nós para não correr atrás de nossos próprios sonhos, certo? Bom feriado!
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