A música como ferramenta de luta pela vida | Musixe.com

Thiago Rocioli
Da Redação/Musixe

Se ouvir música já é parte da sua rotina, é possível encontrar nela um mecanismo para equilibrar mudanças de humor. Por conta das características rítmicas e repetitivas, a música age no neocórtex, uma região do cérebro onde estão as áreas mais desenvolvidas do córtex, acalmando e reduzindo a impulsividade.

De acordo com Molly Warren, mestre em Musicoterapia pela Universidade do Estado de Colorado, a música é uma grande aliada durante as etapas de recuperação de traumas e luto, além de servir como calmante e agente regulador de emoções. Uma espécie de ferramenta de luta pela vida.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), todos os anos, mais pessoas morrem vítimas de suicídio do que HIV, malária ou câncer de mama. No Brasil, cerca de 30 brasileiros suicidam por dia. Entre os jovens de 15 a 29 anos, o suicídio é a quarta causa de morte depois de acidentes no trânsito, tuberculose e violência. A deficiência de nutrientes como ferro, ácido fólico, zinco e vitamina B12 pode estar envolvida no desencadeamento de alterações de humor, transtornos de ansiedade e problemas de concentração e sono.

Escrever letras de música também é uma forma de expressão que contribui para a autoestima. A música vai além do entretenimento e pode ser usada para diversos fins na rotina diária:

Concentração: A música clássica, com 60 bpm, pode aumentar a eficiência cerebral na hora de processar informações;

Criatividade: Montar uma playlist com gêneros diferentes do habitual pode estimular a criatividade.

Motivação: Ouvir suas músicas favoritas pode fornecer ânimo para realizar tarefas, como correr, ler ou limpar a casa;

Redução da ansiedade: Músicas tranquilas têm efeitos semelhantes a uma massagem, induzindo a um estado meditativo e aliviando sintomas de depressão, tensão pré-menstrual e distúrbios de comportamento;

Fortalecimento das conexões sociais: Compartilhar playlists com amigos ou conhecer pessoas em eventos musicais ajuda a criar conexões sociais e permite que a música o conecte não apenas consigo mesmo, mas também com o mundo.