A importância da música, segundo Platão
Thiago Rocioli
Da Redação/Musixe
Em uma época em que a música transcende o mero entretenimento e se torna um elemento essencial na formação do indivíduo, é crucial revisitar as ideias de Platão, o renomado filósofo grego que, séculos atrás, já reconhecia o poder da música na construção do caráter e da alma humana. Platão, discípulo de Sócrates, dedicou parte de sua obra à reflexão sobre a música, defendendo que uma alma verdadeiramente virtuosa não poderia ser alheia à sua influência.
Na Grécia Antiga, a música era parte integrante da educação, sendo considerada fundamental para o desenvolvimento físico, mental e espiritual dos cidadãos. Platão, em seus diálogos, como “A República” e “As Leis”, discorre sobre a importância da música na formação moral e intelectual do indivíduo. Para ele, a música era capaz de moldar o caráter, incutir virtudes e despertar a alma para a beleza e a harmonia. Essa concepção se alinha à sua famosa Mundo das Ideias, que postula a existência de um reino ideal e transcendente, onde residem as formas perfeitas de todas as coisas, incluindo a Beleza e a Harmonia. A música, então, seria uma ponte para esse mundo ideal, permitindo ao homem vislumbrar a beleza e a harmonia perfeitas e, assim, elevar sua alma.
Platão acreditava que a música possuía uma dimensão ética e estética, capaz de influenciar as emoções, os pensamentos e as ações humanas. Através da melodia, do ritmo e da harmonia, a música era capaz de harmonizar a alma, promovendo o equilíbrio entre as paixões e a razão. Para ele, a música não era apenas um deleite para os sentidos, mas um caminho para o conhecimento e a virtude. Ele distinguia os modos musicais e seus efeitos na alma: o modo dórico, por exemplo, era associado à coragem e à disciplina, enquanto o modo frígio evocava a paixão e o entusiasmo. Na obra “A República”, Platão discute como a música deve ser utilizada na educação dos guardiões da cidade ideal, defendendo que a música certa pode incutir virtudes como a coragem e a temperança.
É importante lembrar que Platão também fazia uma crítica à música “corruptora”, aquela que despertava paixões excessivas e desequilibrava a alma. Para ele, era fundamental selecionar cuidadosamente a música a que os cidadãos eram expostos, pois ela tinha o poder de influenciar o caráter e o comportamento. Não por menos, ele defendia que a música que a pessoa ouve, define o caráter e os valores que ela possuí.
A música grega antiga era rica e diversa, com instrumentos como a lira, a cítara e o aulos, e escalas e gêneros musicais próprios. A música estava presente em diversas esferas da vida social, desde os rituais religiosos até as festas populares.
A visão de Platão sobre a música e a alma transcende o tempo e se mantém relevante na atualidade. Em um mundo cada vez mais agitado e tecnológico, a música se torna um refúgio, um espaço para a contemplação e a conexão com o nosso interior. A música nos convida a sentir, a pensar e a ser, despertando em nós a sensibilidade, a criatividade e a empatia.
Assim como na Grécia Antiga, a música continua a desempenhar um papel fundamental na educação e no desenvolvimento humano. Através da música, aprendemos sobre diferentes culturas, expressamos nossas emoções, desenvolvemos a criatividade e nos conectamos com os outros. A música nos ensina sobre a beleza, a harmonia e a ordem, inspirando-nos a buscar o bem e a viver em plenitude.
Que a música seja, portanto, uma constante em nossas vidas, guiando-nos na busca pela sabedoria, pela virtude e pela felicidade. Que possamos, como Platão, reconhecer o poder transformador da música e usá-la para cultivar a alma e construir um mundo mais belo e harmonioso.
Você ganhou um super desconto!
Se você quer aprender a tocar de verdade, a Musixe é a sua melhor escolha. Inscreva-se agora utilizando o cupom BLOG e garanta um super desconto em todos os nossos planos. Clique em um dos planos aqui e aplique o cupom do blog . Bons estudos!
E aí, o que você achou?