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A importância da música para o tratamento do autismo

Thiago Rocioli
Da Redação/Musixe

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição de desenvolvimento neurológico caracterizada por desafios na comunicação, na interação social e por comportamentos repetitivos. O espectro é amplo, o que significa que as manifestações do TEA variam de pessoa para pessoa, abrangendo desde aqueles que apresentam dificuldades severas até os que têm habilidades excepcionais em áreas específicas. O diagnóstico do TEA geralmente ocorre na infância, e é baseado em critérios clínicos que incluem a observação do comportamento, a avaliação de habilidades de comunicação e a identificação de padrões restritos ou repetitivos de atividades.

Embora não exista uma cura para o TEA, uma abordagem terapêutica multidisciplinar é crucial para promover o desenvolvimento e a qualidade de vida do indivíduo. Intervenções comportamentais, terapias ocupacionais, fonoaudiologia e, cada vez mais, a música têm se mostrado ferramentas poderosas no tratamento de pessoas diagnosticadas com TEA. E aqui surge a pergunta: como a música, essa linguagem universal, pode contribuir para transformar a vida de quem está no espectro?

A música tem um impacto único no cérebro humano, ativando áreas relacionadas às emoções, à memória e à coordenação motora. Em pessoas com TEA, essas características são ainda mais significativas. O som, o ritmo e a melodia conseguem ultrapassar barreiras que a linguagem verbal nem sempre alcança, proporcionando uma nova via de comunicação e expressão. Crianças e adultos no espectro podem se beneficiar da música em diversas dimensões, desde a socialização até a regulação emocional.

Instrumentos como o tambor e outros de percussão são especialmente recomendados para iniciar uma jornada musical com autistas. Eles permitem a exploração do ritmo, que é intuitivo e acessível, ao mesmo tempo em que ajudam na coordenação motora e no reconhecimento de padrões. O piano e o xilofone, por sua vez, podem trabalhar habilidades motoras finas e estimular a atenção e o foco. Já a música clássica, com suas harmonias complexas e riqueza emocional, pode favorecer o relaxamento e a organização sensorial, beneficiando aqueles que enfrentam sobrecarga de estímulos.

Pais de autistas podem sacar FGTS

Pais de crianças com autismo podem usar o FGTS para melhorar a qualidade de vida dos seus filhos, inclusive com a música. O Fundo de Garantia por Tempo de Serviço é um recurso importante para cobrir custos de tratamentos, terapias e outras necessidades de crianças com TEA (Transtorno do Espectro Autista). O saque pode ser solicitado por pais ou responsáveis legais, desde que o valor seja destinado à saúde e ao bem-estar da criança. “Para sacar o FGTS a contribuir no tratamentos de crianças com TEA, é preciso apresentar laudo médico atualizado comprovando o diagnóstico, além de documentos como RG, CPF, comprovante de vínculo empregatício e informações da conta FGTS. O recurso pode ajudar em terapias como ABA, fonoaudiologia e psicologia”, explicou o especialista em Transtorno do Espectro Autista, o advogado Dr. Fabrício Vieira, conhecido como Dr. TEA.

Musicoterapia

A musicoterapia utiliza a música como uma ferramenta terapêutica. Tem raízes em hospitais militares da Segunda Guerra Mundial, onde era usada na recuperação de soldados com transtornos mentais e emocionais. No Brasil, a musicoterapia começou a se consolidar como profissão em 1970. A música é considerada uma linguagem universal e pode ser usada para comunicação e expressão, mesmo por pessoas com dificuldades na fala. A musicoterapia pode serativa, envolvendo interações como tocar, dançar, compor ou cantar; ou passiva, envolvendo a escuta musical para alívio de dores, relaxamento ou redução da ansiedade.

“A criança autista e a pessoa adulta tem a sensibilidade muito apurada, aliás, uma hipersensibilidade auditiva, tanto que algumas pessoas precisam usar até um abafador porque o som alto, o ruído atrapalha ela. Por outro lado, a música é um facilitadora não só para o desenvolvimento não apenas para a comunicação como também para outros aspectos”, disse Vieira.

Um estudo publicado em 2018 afirma que a música motiva quase todas as regiões cerebrais e subsistemas neurais. Além disso, motiva mudanças no metabolismo, aumenta o fluxo de respiração, opera no córtex cerebral e pode estabelecer sensação de felicidade ao indivíduo que o ouve. Os atendimentos de musicoterapia não exigem conhecimento musical prévio, pois a musicalidade é inerente ao ser humano.

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